27 Nov
Poesia na tela e alegria fora dela no terceiro dia da Mostra Brasília BRB

Exibição de Mito e Música, a mensagem de Fernando PessoaCrédito: Mayangdi Inzaulgarat

Diretor e músico André Luiz Oliveira revela o prazer de dividir com sua filha a direção de filme baseado na obra de Fernando Pessoa

O terceiro dia da Mostra Brasília BRB, nesta quarta-feira (27), no Cine Brasília, teve a exibição do documentário longa-metragem Mito e música – A mensagem de Fernando Pessoa, dirigido por Rama de Oliveira e André Luiz Oliveira, filha e pai. Depois da sessão, os dois conversaram com o público presente no Cine Brasília.

Músico e cineasta com uma longa carreira no cinema brasileiro, André Luiz Oliveira levou 30 anos, de 1985 a 2015, para concluir a gravação das 44 músicas compostas para cada poema de Mensagem, único livro concluído que Fernando Pessoa publicou em vida. O filme aborda aspectos polêmicos do grande poeta português, que passou 22 anos de sua vida, de 1912 a 1934, escrevendo, entre outros textos, os 44 poemas de Mensagem. O documentário também narra o histórico de realização musical deste imenso projeto de André Luiz.

Antes da exibição do longa no Cine Brasília, o diretor e compositor destacou quão importante é essa premiere de Mito e música – A mensagem de Fernando Pessoa. “Esse dia é especial para mim por vários motivos. Primeiro, vou expor a minha profissão de músico pela primeira vez na tela. Isso é muito importante porque sempre tive a música como uma ferramenta de expressão. O segundo motivo: falar de um poeta como Fernando Pessoa, que me acompanhou a vida inteira. Outra grande alegria é estar aqui junto com minha filha. Um prazer indescritível. Estou nervoso por causa disso. É o primeiro longa dela, que me surpreendeu muito”, afirmou o artista.

Depois da sessão, André Luiz e Rama de Oliveira conversaram com os espectadores. O artista revelou que morar em Portugal o aproximou da obra e do homem Fernando Pessoa. “Viver durante dois anos em Portugal estreitou essa paixão por ele. Foi uma imersão incrível”, disse. “A poesia propicia outro estado de espírito. Foi o que me fez me identificar com Fernando Pessoa. Quero filmar mais, mas sem obsessão.”

André Luiz falou também sobre o período em que ficou sem filmar, de 1974 até 1994, quando fez o premiado longa Louco por cinema. Com a obra, ele ganhou seis prêmios no 28º Festival de Brasília, incluindo os de melhor filme e direção. Na ocasião, o diretor já havia retornado para viver na capital federal, depois de muito tempo no Rio de Janeiro. “Eu me encontrei em Brasília. Estava em um momento de transição e, em 1991, cheguei para ficar.”

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