Estreante no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a mostra paralela Território Brasil começou neste sábado (23.11) no Museu Nacional da República. A exemplo do Distrito Federal, que acolhe vários sotaques e costumes em um só lugar, a Território Brasil é a consolidação simbólica da diversidade cultural brasileira, com 18 estados iluminados nas telas do 52º Festival de Brasília.
Abrindo a mostra, o público assistiu a O buscador (RJ), dirigido por Bernardo Barreto. O filme conta a história de Isabela, que tenta se reaproximar de sua família e descobre que seu pai está envolvido em um dos maiores escândalos de corrupção registrados no Brasil.
A segunda sessão da tarde foi a produção do Distrito Federal Servidão, dirigida por Renato Barbieri e Neto Borges. O documentário emocionou o público com a situação de milhares de brasileiros que vivem e trabalham como escravos nos dias atuais. A produção local investigou a mentalidade escravagista da sociedade brasileira, que, em grande parte, ainda pensa essas atitudes acabaram com a assinatura da Lei Áurea.
O documentário, que contém testemunhos de abolicionistas modernos e de trabalhadores rurais que foram vítimas da escravidão contemporânea, provocou o público a repensar sobre questões muito próximas de suas realidades. De acordo com o diretor Renato Barbieri o sentimento de participar de um festival com essa produção é de imensa satisfação. “Estamos felizes em participar como estreantes do Festival, principalmente por um feedback positivo e emocionado do público nesta tarde”, afirma o realizador.
Para a espectadora e atriz Shirley Cruz, os dois filmes impactaram o público. Segundo ela, os espectadores se depararam com narrativas que dialogam com o cotidiano de todo cidadão brasileiro. “Esta mostra trouxe um conteúdo que estimula sentimentos de reflexão e mudança, gerando empatia com os problemas do brasileiro. Estou saindo daqui com informação, após uma reflexão muito profunda, e com vontade de agir”, afirma.
Por fim, o público aguardava ansiosamente pela reprise do longa exibido na abertura do Festival, o filme O Traidor, do italiano Marco Bellocchio. Aplaudido por 13 minutos em sua exibição no Festival de Cannes, a obra tem Maria Fernanda Cândido no elenco e parte das filmagens foram realizadas no Rio de Janeiro.
Antes de a sessão começar, a teóloga Nilza Oliveira, o Festival de Brasília comemorava: o Festival de Brasília é um dos eventos mais aguardados por ela, que prestigia todas as edições. “Eu amo cinema, e o cinema brasileiro vem se destacando e ganhando espaço no mundo a cada ano. Acredito que o público tem uma participação importante e efetiva neste processo de valorização da sétima arte no Brasil”, pontua.
Conheça a programação completa do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro aqui: http://www.festivaldebrasilia.com.br/programacao
Foto: Thaís Mallon
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